sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

CRISTÃO E O CARNAVAL??

 CRISTÃO E O CARNAVAL??

O CRISTÃO E O CARNAVAL
Os cristãos, digo, os verdadeiros convertidos a Jesus Cristo, têm uma grande responsabilidade de influenciar a igreja e o mundo para perto de Deus, num processo constante de conhecer a Deus e fazê-Lo conhecido. Nosso alvo principal como cristãos é a comunhão com Deus. Portanto, carnaval não é festa para cristão participar.
Carnaval significa “festa da carne” ou “o que vale é a carne”, e o cristão procura alimentar o espírito. Por essa razão a incompatibilidade. O verdadeiro cristão não sente vontade de participar de festas mundanas, como por exemplo, o carnaval. Isso porque ele foi transformado; houve uma mudança radical em seus conceitos, estilo de vida, caráter e mudanças não foram provocadas por obrigações religiosas de doutrinas, usos e costumes exigidos por igrejas. O cristão por si próprio tem o discernimento do que é certo e errado; do que edifica e do que não edifica e por isso toma a atitude de não se misturar com o mundo.
Não recomendamos a ninguém brincar, pular, festejar, ou qualquer outro nome que queiram dar ao carnaval, pois é nesse período que temos a maior incidência de acidentes, mortes, violência, sexo promiscuo (inclusive incentivado pelo Governo, quando distribui gratuitamente camisinhas de péssima qualidade). É uma degradação total e quem paga o preço depois são as famílias. O carnaval acontece quatro dias antes da Quaresma, que é um período especial para os cristãos de consagração, jejum, oração, arrependimento e busca de Deus, se preparando para celebrar a Páscoa. Assim, definitivamente, o carnaval não é festa de cristão. Lembremos do que o Profeta Jeremias disse: “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas e desesperadamente corrupto”.
Já o Apóstolo Paulo nos ensina a livrar-nos da aparência do mal, pois um incrédulo quando vê um cristão no meio de uma festa, isso serve de aval para ele.
Rev. Douglas Santos 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

PLENITUDE DO ESPÍRITO: ORDEM DE DEUS, NECESSIDADE DA IGREJA

PLENITUDE DO ESPÍRITO: ORDEM DE DEUS, NECESSIDADE DA IGREJA 
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).

​Paulo, o apóstolo da gentilidade, ensina no versículo em epígrafe, uma verdade magna do Cristianismo, a plenitude do Espírito Santo. Há no texto bíblico duas ordens: uma negativa, outra positiva. A negativa é: “não vos embriagueis com vinho”; a positiva é: “enchei-vos do Espírito”. Entre as duas ordens há uma adversativa: “mas…”. Logo, em vez de embriagar-se com vinho, o cristão deve ser cheio do Espírito. A sobriedade não é necessariamente plenitude do Espírito. Além de ser sóbrio, o cristão precisa, também, ser cheio do Espírito. Se a embriaguez desemboca numa vida desregrada, a plenitude do Espírito conduz à comunhão, adoração, gratidão e serviço (Ef 5.19-21).
​Doravante, deter-nos-emos apenas na segunda ordem do texto: “enchei-vos do Espírito”. Essa ordem ensina-nos quatro verdades:
​Em primeiro lugar, o verbo está no imperativo. A ordem é clara: “Enchei-vos”. Isso significa que não ser cheio do Espírito é um pecado de desobediência à uma ordem expressa de Deus, assim como o é a embriaguez. Um cristão sem a plenitude do Espírito deveria ser um escândalo para nós, assim como é um escândalo um cristão embriagado. A plenitude do Espírito não é uma opção, mas um mandamento; não é uma sugestão, é uma ordem categórica. A expressa vontade de Deus para sua igreja é a plenitude do Espírito Santo. Você está cheio do Espírito?
​Em segundo lugar, o verbo está no plural. A ordem divina é insofismável: “Enchei-vos…”. Isso significa que a plenitude do Espírito não é apenas uma ordenança para um grupo seleto na igreja, mas para todos os membros da igreja. A plenitude do Espírito não deve ser uma exceção, mas a regra. Não deve ser apenas uma experiência sobrenatural, mas também a dinâmica natural da igreja. A plenitude do Espírito não apenas está à disposição de todos os salvos, mas é, também, uma ordenança a todos eles, sem exceção e sem acepção.
​Em terceiro lugar, o verbo está no presente contínuo. Na língua grega o verbo “enchei-vos”, está no presente contínuo. Isso significa que a plenitude do Espírito não é uma experiência que acontece uma única vez na vida e nunca mais se repete, mas uma ordem que deve ser obedecida continuamente. Quando Jesus ordenou aos serventes, nas bodas de Caná: “enchei d’água as talhas” tratava-se de uma ordem dada só a eles, para nunca mais ser repetida por eles; porém, quando a palavra de Deus nos ordena: “enchei-vos do Espírito” está nos orientando que a plenitude de ontem não serve para hoje. Todo dia é tempo oportuno e necessário para sermos cheios do Espírito.
​Em quarto lugar, o verbo está na voz passiva. Isso significa que nenhum cristão pode produzir essa plenitude para si mesmo ou transferi-la para outrem. Muito embora a plenitude do Espírito seja uma ordem divina, somente o próprio Deus pode nos encher do seu Espírito. Para sermos cheios do Espírito é preciso primeiro esvaziar-nos do pecado que tenazmente nos assedia. Não dá para ser cheio de vinho e do Espírito ao mesmo tempo. Não dá para abrigarmos no coração avareza, mágoa, impureza, lascívia e porfia e sermos cheios do Espírito. Somente vasos vazios podem ser cheios e enquanto nosso coração for como vasilhas vazias, o Espírito jamais deixará de jorrar para nos encher até à plenitude.
​Você está cheio do Espírito? Essa não é apenas uma ordem divina, mas também a nossa maior necessidade. Sem a plenitude do Espírito Santo nós caminharemos trôpegos, em vez de fazermos uma jornada segura. Sem a plenitude do Espírito nós faremos muito esforço, mas teremos resultados pífios. Sem a plenitude do Espírito nós viveremos agarrados às coisas da terra, mas não nos deleitaremos nas glórias do céu. Sem a plenitude do Espírito nós perderemos a alegria da comunhão, da adoração, da gratidão e do serviço, mas viveremos em aberto conflito uns com os outros. Você está cheio do Espírito Santo?

Rev. Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

SEM PODER NÃO HÁ EFICÁCIA NA PREGAÇÃO

​Em primeiro lugar, o conteúdo da pregação (Lc 24.47). A mensagem que a igreja deve pregar não é prosperidade nem milagres, mas o arrependimento para a remissão de pecados. A menos que o homem reconheça que é pecador, jamais sentirá falta do Salvador. Só os doentes reconhecem que precisam de médico. Sem arrependimento não há perdão de pecados. Oh, que Deus abra nossos olhos para o conteúdo da grande comissão.
​Em segundo lugar, o alcance da pregação (Lc 24.47). Lucas diz que a igreja deve pregar arrependimento para remissão de pecados a todas as nações. O evangelho deve ser pregado por toda a igreja, em todo o mundo, a todo o tempo. Nenhuma visão que não abarque o mundo inteiro não é a visão de Deus, pois o seu Filho morreu para comprar com o seu sangue aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5.9). Muito embora a pregação tenha começado em Jerusalém, não foi destinada apenas ao povo judeu, pois foi endereçada a todas as etnias da terra.
​Em terceiro lugar, o compromisso com a pregação (Lc 24.48; At 1.8). Tanto no Evangelho como no livro de Atos, Lucas enfatiza que os pregadores são testemunhas (Lc 24.48; At 1.8). Quem prega a palavra deve falar do que ouviu, do que viu e do que experimentou. Não é uma mensagem divorciada de sua vida. A vida do pregador está inalienavelmente comprometida com a mensagem que proclama. Por essa mensagem ele vive e ele morre. Muitas vezes, ela sela com o seu sangue a mensagem que anuncia. Todos os apóstolos de Jesus foram mártires desse mensagem, exceto João, que foi exilado na Ilha de Patmos. Ainda hoje, muitas testemunhas adubam o solo para a semente do evangelho com o seu sangue!
​Em quarto lugar, a capacitação para a pregação (Lc 24.49; At 1.8). No Evangelho, Lucas fala da promessa do Pai. Em Jerusalém os discípulos deviam aguardar a promessa do Pai, o revestimento de poder, com uma espera obediente, perseverante e cheia de expectativa. Em Atos, Lucas fala que só depois de receberem poder, com a descida do Espírito Santo sobre eles, é que seriam testemunhas até aos confins da terra. Com isso, Lucas está ensinando que a capacitação precede a ação. O revestimento de poder precede a pregação do arrependimento para remissão de pecados. Não há pregação eficaz sem revestimento de poder. Primeiro, a igreja recebe poder do alto, depois ela vai cumprir a missão. Antes de Jesus enviar a igreja ao mundo, ele enviou o Espírito Santo para ela. Hoje, tristemente, nós temos negligenciado essa busca de poder. Substituímos o poder do Espírito pelos nossos métodos. Pregamos belos sermões, mas vazios de poder. Usamos os recursos mais modernos da comunicação, mas não alcançamos os corações. Fazemos muita trovoada, mas não há sinal da chuva restauradora. Oh, que Deus nos faça entender que há tempo para esperar e tempo para agir. Tempo para ser revestido pelo poder do Espírito e tempo para pregar com gloriosos resultados!

Rev. Hernandes Dias Lopes

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

PASSOS NECESSÁRIOS PARA O PERDÃO

PASSOS NECESSÁRIOS PARA O PERDÃO

“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe” (Lc 17.3).
 
​Depois de alertar seus discípulos sobre a inevitabilidade dos escândalos e a tragédia que desabará sobre aqueles por meio de quem os escândalos vêm, Jesus trata da necessidade de perdoar aqueles que falham conosco. No texto em tela, Jesus ensina cinco passos necessários para o pleno perdão.
​Em primeiro lugar, a cautela (Lc 17.3). “Acautelai-vos…”. A cautela é imperativa porque onde o perdão é necessário, os relacionamentos já estão fragilizados, as emoções já estão esfalfadas e as feridas já estão abertas. Sem cautela pode existir arrogância no trato do assunto, deixando a relação ainda mais adoecida. Quem pede perdão precisa ter humildade para reconhecer o seu erro e quem concede perdão precisa ter graça para não pleitear justiça, mas exercer misericórdia.
​Em segundo lugar, a repreensão (Lc 17.3). “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o…”. Jesus está falando que o relacionamento, mesmo entre irmãos, pode ter falhas e precisar de reparos. O caminho para a restauração não é dar tempo ao tempo. O tempo não cura as feridas. Também, o caminho não é o silêncio, pois este não é sinônimo de perdão. O remédio para curar as feridas da mágoa é a repreensão. Longe da pessoa ofendida espalhar sua mágoa, contando a outras pessoas a desavença fraternal, denigrando a imagem de quem a feriu, deve procurar a pessoa para um confronto direto, pessoal e sincero, mas cheio de amor. Essa repreensão é, ao mesmo tempo, firme e terna, a ponto de não acobertar o erro nem negligenciar a compaixão. A verdade em amor é terapia divina para curar os males que afligem os relacionamentos. Verdade sem amor machuca; amor sem verdade adoece.
​Em terceiro lugar, o arrependimento (Lc 17.3). “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender…”. O amor é incondicional, mas o perdão não. O perdão precisa passar, necessariamente, pelo arrependimento. O ofensor precisa reconhecer seu pecado diante da pessoa a quem ofendeu. Esse reconhecimento implica em admitir o erro, sentir tristeza pelo erro e dispor-se a abandonar o erro. Com essas disposições, o ofensor deve procurar o ofendido para expor seu arrependimento. Em assim fazendo, o ofendido não tem outra opção senão perdoar imediatamente e completamente.
​Em quarto lugar, o perdão. (Lc 17.3). “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe”. O perdão é a disposição de tratar o ofensor como irmão, sem jogar em seu rosto o seu pecado. Perdoar é zerar a conta e não cobrar mais a dívida. Perdoar é tratar a pessoa arrependida como se ela nunca tivesse pecado. Perdoar é restaurar o relacionamento e recomeçar uma relação de confiança. O perdão quebra a parede da separação e abre os portais da graça para aceitar de volta o que falhou, dando-lhe a oportunidade de começar outra vez a bendita relação de amizade. O perdão traz cura para quem cometeu o erro e alegria para quem exercitou a misericórdia. Na parábola do Filho pródigo, quem demonstra alegria é o pai que perdoa e não o filho perdoado. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a cura das emoções. O perdão é terapêutico, pois dele emana a restauração da alma.
​Em quinto lugar, a fé (Lc 17.4,5). “Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé”. O perdão ilimitado não é uma capacidade inata que possuímos, é uma operação da graça de Deus em nós. Não temos essa disposição nem esse poder. Somente quando o Senhor aumenta nossa fé podemos perdoar, de forma ilimitada, como Deus em Cristo nos perdoou. O perdão não é uma opção, mas uma ordem divina e uma necessidade humana. Quem não perdoa destrói a própria ponte sobre a qual precisa passar.

Rev. Hernandes Dias Lopes