quinta-feira, 25 de maio de 2017

A CRISE É O PRELÚDIO DO AVIVAMENTO

A CRISE É O PRELÚDIO DO AVIVAMENTO

​Os grandes avivamentos da história aconteceram em tempos de crise. Não nasceram do útero da bonança, mas foram gestados com dores e lágrimas em tempos de sequidão. A crise nunca foi impedimento para a ação soberana de Deus. É quando os recursos dos homens se esgotam que Deus mais visivelmente manifesta o seu poder. É quando todas as portas da terra se fecham é que Deus abre as janelas do céu. É quando o homem decreta sua falência, que o braço do onipotente mais se manifesta.
​O Brasil está vivendo, possivelmente, a sua mais aguda e agônica crise desde o seu descobrimento. A nação está rubra de vergonha, diante da desfaçatez de políticos e empresários que domesticaram os poderes constituídos, para assaltarem a nação e sonegarem ao povo o direito de viver dignamente. O profeta Miquéias, já no seu tempo, identificou esse conluio do crime, quando escreveu: “As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama” (Mq 7.3). A corrupção chegou ao palácio, ao parlamento, às cortes e em setores importantes do empresariado. Um terremoto devastador atingiu as instituições, abalou a economia e enfraqueceu a indústria e o comércio. A carranca da crise é vista na desesperança dos mais de quatorze milhões de desempregados em nosso país. A morte se apressa para aqueles que não têm direito a uma assistência digna nos hospitais, sempre lotados e desprovidos de recursos. Os acidentes trágicos se multiplicam porque nossas estradas estão sucateadas. A educação se enfraquece porque as escolas públicas, em muitos lugares, estão entregues ao descaso. Líderes com muito poder e apequenado caráter, favorecem os poderosos e tiram o pão da boca dos famintos, fazendo amargar a vida de um povo já combalido pela pobreza e desesperança.
​Nesse cenário cinzento, muitas igrejas, por terem se afastado da sã doutrina e por terem tergiversado com a ética, perderam a capacidade de exercer voz profética. Não confrontam os pecados da nação, como consciência do Estado, porque primeiro precisam embocar a trombeta para dentro de seus próprios muros. Há um silêncio gelado, um conformismo covarde, um torpor anestésico. Há igrejas cheias de pessoas vazias de Deus. Há igrejas onde os púlpitos já baniram a pregação fiel da palavra de Deus. Há igrejas onde o antropocentrismo idolátrico substituiu a centralidade de Cristo. Há igrejas mornas, apáticas, amando o mundo, sendo amigas do mundo e conformando-se com o mundo. Há igrejas que parecem um vale de ossos secos. Perdeu-se a vitalidade. Perdeu-se o vigor. Falta um sopro de vida!
​É nesse momento de prognósticos sombrios, que devemos nos humilhar sob a poderosa mão de Deus. É imperativo converter-nos dos nossos maus caminhos e orarmos, buscando a face do Senhor, a fim de que ele perdoe nossos pecados, restaure a nossa sorte e sare a nossa terra. O avivamento começa com a igreja e partir dela reverbera para o mundo. O avivamento é uma obra soberana do Espírito Santo que vem, como torrentes do céu, sobre a terra seca. A água é derramada sobre o sedento e as torrentes sobre a terra seca. O Espírito Santo é derramado sobre um povo que anseia por Deus mais do que pelas bênçãos de Deus. É quando decretamos nossa falência, nos convertemos dos nossos maus caminhos e nos prostramos diante de Deus, para desejarmos ardentemente sua presença manifesta, é que ele traz sobre nós o seu renovo. Então, a igreja florescerá como salgueiros junto às correntes das águas. Então, os crentes se levantarão para dizer: “Eu sou do Senhor”. Então, não haverá mais abismo entre o que se prega e o que se vive, porque os crentes escreverão na própria mão: “Eu sou do Senhor”. Oh, que Deus levante sua igreja e restaure a nossa nação! Oh, que nesse tempo de crise e sequidão caia sobre nós as torrentes abundantes do Espírito Santo!

Rev. Hernandes Dias Lopes

terça-feira, 16 de maio de 2017

Dia das Mães: um privilégio em tempo integral

Há beleza em ser mãe, amiga, aquela que estende a mão, mesmo quando as coisas não vão bem. Ser mãe é amar, é ser vulnerável às nossas fragilidades, se doar de todo coração.  É oferecer o colo, quando o mundo parece não ter chão.
Seus olhos brilhavam, e as palavras pareciam faltar. Mas sua leve expressão, revelava a emoção em poder dizer “sou mãe”.  Fran, como carinhosamente a chamamos, é mãe, esposa e serva, seja aqui na sede da MAIS, ao lado de seu esposo, exercendo seu ministério ou em sua casa. Francieli Karini Borges Maia, quando chegou à MAIS já tinha seus pequenos, Filipe na época com 6 anos de idade e Maiara com 2.
Emocionada, foi perceptível o privilégio que sente em poder criar os filhos em um contexto missionário, provando do amor e da bondade de Deus em cada detalhe. Mesmo em meio às dificuldades, poder experimentar dos detalhes que Deus a concedeu, através da dádiva de ser mãe. “Não teria outro lugar para estarmos agora e criá-los. O Lipe já orou por crianças de outros países, mesmo com pouco tempo na MAIS e sendo apenas uma criança, já tinha esse pensamento, que existia muitas pessoas sofrendo e que ele precisava orar por isso”, orgulhosa, ela comenta.
Como mãe, Fran se emociona em relatar simples experiências do seu dia a dia. Um momento marcante foi quando passou por uma fase turbulenta em sua saúde, e mesmo não estando fisicamente bem, Filipe e Maiara sempre quiseram estar ao seu lado, almejando o colo da mamãe, com o aconchego que somente ela poderia lhes oferecer.
A trajetória de Fran nos inspira assim como a história de outras mães a nossa volta e também todas as mães que representam a Igreja Sofredora. Mães de diferentes culturas, raças e etnias, mas que mesmo assim, não se deixam vencer por suas limitações e exercem o maravilhoso papel de mãe.
“Dou graças a Deus por estar com meus filhos, por todos os momentos que passamos juntos e cada bilhetinho que recebo deles. São os detalhes de Deus que me fazem ser grata em todo tempo. Eu desejo as mães da igreja sofredora muita paz na alma. Mesmo que não possamos mudar algumas situações, creio que, com a paz de Deus em nossos corações, conseguimos caminhar”, comenta