segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O REAVIVAMENTO PROMOVIDO PELA PALAVRA DE DEUS

O REAVIVAMENTO PROMOVIDO PELA PALAVRA DE DEUS

A Reforma do século XVI foi uma volta às Escrituras. Essa volta à palavra de Deus produziu mudanças profundas na vida da igreja e trouxe um poderoso reavivamento. O Salmo 119, sendo o maior capítulo da Bíblia, trata da excelência da palavra de Deus e de seus benditos efeitos em nossa vida. Destacaremos, aqui, a relação entre a palavra de Deus e o reavivamento.
​Em primeiro lugar, reavivamento e restauração (Sl 119.25). “A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra”. Davi está prostrado até ao pó. Sua alma está humilhada ao extremo. Nessa prostração total, clama pela vivificação que vem por meio da palavra. É a palavra de Deus que restaura a alma!
​Em segundo lugar, reavivamento e proteção (Sl 119.37). “Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho”. Nossos olhos podem nos atrair para armadilhas perigosas. Podem ser um laço para os nossos pés. Por isso, o salmista roga a Deus proteção da queda e ao mesmo tempo vivificação no caminho de Deus, o caminho da santidade.
​Em terceiro lugar, reavivamento e aspiração (Sl 119.40). “Eis que tenho suspirado pelos teus preceitos; vivifica-me por tua justiça”. Quanto mais suspiramos pela palavra de Deus, mais somos cheios dela e mais vivificados seremos pela justiça divina. Quanto mais cheios da presença de Deus, mais desejamos Deus em nossa vida.
​Em quarto lugar, reavivamento e consolo (Sl 119.50). “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica”. A vida com Deus é uma jornada por onde a angústia sempre nos espreita. Porém, nas noites mais escuras da alma, a palavra de Deus nos vivifica, nos consola e nos enche de verdor e frutos benditos.
​Em quinto lugar, reavivamento e obediência (Sl 119.88). “Vivifica-me, segundo a tua misericórdia, e guardarei os teus testemunhos oriundos de tua boca”. Quando descemos aos vales escuros da vida ou tropeçamos em virtude de nossa fraqueza, precisamos da misericórdia de Deus e quando ele nos vivifica, então, renovamos o nosso compromisso de obediência à sua palavra.
​Em sexto lugar, reavivamento e aflição (Sl 119.107). “Estou aflitíssimo; vivifica-me, Senhor, segundo a tua palavra”. A aflição é o cálice que bebemos enquanto caminhamos na estrada juncada de espinhos, entre o berço e a sepultura. Porém, nas horas que sorvemos esse cálice amargo, Deus nos vivifica segundo a sua palavra, apruma nossos joelhos trôpegos, fortalece as nossas mãos descaídas e nos restaura o vigor.
​Em sétimo lugar, reavivamento e oração (Sl 119.149). “Ouve, Senhor, a minha voz, segundo a tua bondade; vivifica-me, segundo os teus juízos”. Oração e palavra são os dois grandes instrumentos que nos levam à vivificação espiritual. Quando Deus ouve nosso clamor, então, sua palavra nos restaura. Pela oração falamos com Deus; pela palavra Deus fala conosco!
​Em oitavo lugar, reavivamento e libertação (Sl 119.154). “Defende a minha causa e liberta-me; vivifica-me, segundo a tua palavra”. Quando somos apanhados na rede da perseguição externa ou da aflição interna, precisamos de livramento e quando este chega, Deus nos vivifica pela sua palavra. Oh, bendito livramento! Deus não nos deixa expostos ao opróbrio dos nossos inimigos.
​Em novo lugar, reavivamento e misericórdia (Sl 119.156). “Muitas, Senhor, são as tuas misericórdias; vivifica-me segundo os teus juízos”. Por causa das muitas misericórdias de Deus não somos consumidos. Por elas, Deus não nos dá o juízo que merecemos. Por isso, ele nos ergue de nossa fraqueza e nos vivifica segundo os seus juízos.
​Em décimo lugar, reavivamento e amor à palavra (Sl 119.159). “Considera em como amo os teus preceitos; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua bondade”. O amor à palavra de Deus descortina diante de nós o caminho da bondade divina e nesse caminho está a gloriosa realidade do reavivamento e da vivificação espiritual. É tempo de buscarmos ao Senhor e a sua palavra até que ele venha sobre nós, trazendo em suas asas, poderoso reavivamento espiritual!

Rev. Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

A SINGULARIDADE DO EVANGELHO

A SINGULARIDADE DO EVANGELHO

A SINGULARIDADE DO EVANGELHO

O apóstolo Paulo, o maior bandeirante do Cristianismo, estava saindo de Éfeso rumo a Jerusalém, quando escreveu seu maior tratado teológico, a carta aos Romanos. No introito dessa epístola, tratou do tema principal da carta, a singularidade do evangelho. Já de início demonstrou três atitudes em relação ao evangelho: eu sou devedor (Rm 1.14); eu estou pronto (Rm 1.15); e eu não me envergonho (Rm 1.16).
Por que alguém se envergonharia do evangelho? Primeiro, porque este trata da pessoa de Cristo, o Messias de Deus, que veio ao mundo, nasceu de forma humilde, cresceu numa cidade pobre e morreu numa cruz. Segundo, porque pelo evangelho, o próprio apóstolo Paulo já havia sofrido açoites e prisões. Inobstante a cruz ser escândalos para os judeus e loucura para os gentios; e apesar de todo o sofrimento decorrente da proclamação do evangelho, Paulo destaca a singularidade do evangelho, quando escreve: “Porque não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Rm 1.16,17). Deste texto, extraímos cinco verdades:
Em primeiro lugar, o poder do evangelho. O evangelho é o poder de Deus. Portanto, não há qualquer fraqueza nele, pois Deus é onipotente. O evangelho é a dinamite de Deus para derrubar as fortalezas do coração mais duro. É a força irresistível que desarma a incredulidade mais cega. O próprio Paulo, perseguidor implacável da igreja, mesmo na sua marcha sangrenta de oposição aos cristãos, foi transformado por uma ação soberana e irresistível do evangelho. O evangelho quebra barreiras, derruba estruturas, penetra nos lugares mais fechados e transforma os corações mais rendidos ao pecado.
Em segundo lugar, o propósito do evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação. Há poder que destrói e mata, mas o evangelho é o poder que dá vida e salva. O evangelho não é apenas o poder de Deus para a salvação, mas também, o único poder capaz de salvar. A religião, os ritos sagrados, as boas obras ou quaisquer outros expedientes humanos são absolutamente insuficientes para salvar o homem. Só no evangelho há salvação. O evangelho fala das boas novas de Cristo: sua vida, sua morte, sua ressurreição e seu governo. Não há salvação em nenhum outro nome. Só Jesus salva!
Em terceiro lugar, o alcance do evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê e só daquele que crê. O evangelho não é o poder de Deus para a salvação do descrente. Muito embora, a fé não seja a causa meritória da salvação, é sua causa instrumental. Apropriamo-nos da salvação pela graça, mediante a fé. A salvação é oferecida a todos, mas somente aqueles que creem são salvos. Não há aqui qualquer acepção de pessoas, seja de raça, posição social ou estofo cultural. Todo aquele que crê em Jesus é salvo.
Em quarto lugar, a universalidade do evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. O evangelho é para todos os povos. É universal em seu escopo, pois Jesus morreu para comprar com o seu sangue aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação. Não há limitação geográfica nem barreira étnica no evangelho. É endereçado a toda criatura, em todo o mundo, até aos confins da terra.
Em quinto lugar, a eficácia do evangelho. O apóstolo Paulo é enfático, quando escreve: “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. O homem sendo pecador, jamais poderá ser justificado diante do Deus santo com base em seus méritos pessoais, pois as nossas justiças não passam de trapo de imundícia. Porém, nossas transgressões foram lançadas sobre Jesus e sua justiça foi imputada a nós, para que a justiça de Deus, revelada no evangelho, fosse apropriada por nós, pecadores, pela fé. Então, aquele que crê é declarado justo diante do tribunal de Deus e passa a viver pela fé. Quão singular é o evangelho!

Rev. Hernandes Dias Lopes